Plano de contingência: Vigilância em Saúde de Roraima reúne órgãos para definir respostas em cenário de estiagem e seca

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Foram dados alguns encaminhamentos e propostas para a continuidade dos trabalhos, principalmente os trabalhos de estudo científico. – Foto: Ascom/Sesau

Órgãos governamentais da esfera estadual e federal se reuniram nesta terça-feira, 12, na Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria de Saúde) para a segunda reunião que visa definir os parâmetros de seca em Roraima. Essas diretrizes e informações são importantes para dar início às ações e à construção de um plano de contingência em diferentes níveis de resposta em um possível cenário de seca severa e estiagem instalados no Estado.

Em Roraima, a estação chuvosa é de abril a setembro. No segundo semestre de setembro começa a escassez de chuvas e a seca já começa a se instalar a partir da segunda quinzena de setembro e início de outubro, perdurando até meados de março, podendo ser alterados em ocorrências de instalação de fenômenos, como El Niño ou La Niña.

Já a redução na vazão de rios e igarapés é um indicativo de escassez de água, que pode afetar o abastecimento de água potável para consumo humano e a agricultura.

Participaram da reunião, representantes da Sesau, da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, Polícia Militar de Roraima, Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima), Femarh (Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Secidades (Secretaria das Cidades, Desenvolvimento Urbano e Gestão de Convênios), UFRR (Universidade Federal de Roraima) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

O gerente do Núcleo de Vigilância em Desastres Naturais da Sesau, Guaracy Lavor, explica que em um plano de contingência existem quatro níveis de resposta: verde, amarelo, laranja e vermelho. Nessa classificação, a cor verde é considerada o nível normal e a cor vermelha é o nível mais extremo.

“Para que esses parâmetros possam ser discutidos e definidos, a gente reuniu diversos órgãos federais e estaduais. Foram dados alguns encaminhamentos e propostas para a continuidade dos trabalhos, principalmente os trabalhos de estudo científico, que vão subsidiar essas definições por meio da Universidade Federal e da Embrapa, que são instituições com expertise no campo da pesquisa”, ressaltou.

A modernização da infraestrutura de distribuição de água, com a implantação de sistemas de saneamento mais eficazes, a conscientização sobre o uso racional da água e o fornecimento de cestas básicas para populações vulneráveis também são ações que fazem parte dos planos de contingência do governo do Estado.

A atuação de equipes de apoio técnico e voluntários tem sido essencial para garantir que as famílias que dependem da agricultura de subsistência ou da pecuária não sejam completamente afetadas pela falta de recursos hídricos.

Júlia Rocha

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