Quelônios da Amazônia: Femarh e Ibama realizam terceira troca de equipe técnica do Programa

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As atividades são desenvolvidas no tabuleiro de desovas de tartarugas de Santa Fé, no Baixo Rio Branco. – Fotos: Ascom/Femarh

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e a Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) estão realizando a terceira troca de equipes de campo do Programa Quelônios da Amazônia, que são feitas a cada 15 dias. As atividades são desenvolvidas no tabuleiro de desovas de tartarugas de Santa Fé, no Baixo Rio Branco, abaixo do rio Catrimani, cerca de 350 quilômetros da sede do município de Caracaraí.

Os trabalhos das equipes iniciaram em outubro de 2024, com a construção do acampamento base, e vão até abril de 2025, quando nascem os filhotes da temporada 24/25. Os serviços de construção incluem barracões, usina fotovoltaica, banheiro, cozinha, instalações elétricas e hidráulicas, depósito de ferramentas e combustível.

Deste ponto em diante, as primeiras tartarugas já começaram a chegar às praias e em seguida fazer a postura dos ovos, em covas com a profundidade de 80 centímetros. Cada fêmea bota entre 60 a 120 ovos.

Após localizar o local de postura de cada tartaruga, as equipes da Femarh e do Ibama marcam a coordenada geográfica, a data da postura, o dia do nascimento dos filhotes e a fotografia do ninho. Esse é um resumo do período de postura que iniciou agora, em novembro, dezembro e janeiro.

Da postura até o nascimento dos filhotes levam 45 dias. Eles permanecem enterrados na areia e nos quinze dias seguintes, vão emergindo os 80 centímetros até que no sexagésimo dia eles chegam a superfície e fazem a corrida em direção ao rio Branco.

O programa

Os cenários preocupantes quanto à possível extinção dos quelônios incentivaram o governo federal a instituir no ano de 1979 o Projeto Quelônios da Amazônia (PQA). Nesse intervalo de tempo, o PQA manejou cerca de 70 milhões de filhotes de quelônios, principalmente das espécies Podocnemis expansa, Podocnemis unifilis e Podocnemis sextuberculata.

Os resultados desse processo permitem que o Brasil seja reconhecido como o único país da América do Sul ainda a possuir estoques significativos de quelônios passíveis de recuperação e viáveis para programas de uso sustentável. Parte desses resultados deve ser creditada às comunidades que se associaram às iniciativas de proteção e manejo, por acreditarem na importância que esses animais representam no seu dia a dia.

Rubem Leite

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